segunda-feira, 14 de julho de 2025

Hind Rajab

 


A jornalista na tv disse que ela era uma mulher,

acho que queria interferir no sentimento 

que a notícia causaria.


Mas ela não era uma mulher ainda,

ela era uma criança,

uma pequena criança

que precisava de ajuda.


É difícil entender o que se passa

nas mentes humanas;

jurava, juro,

que esse tipo de absurdo

não existia mais no mundo.


Ouvir sua voz é sofrimento;

ali, no carro,

rezando para Alá,

seu Deus

em busca de auxílio.


O último segundo,

o grito,

os tiros,

o surto,

o fim de tudo que é moral.


Verdade, é insuportável

e me enlouquece o cinismo

aqui, deste lugar,

onde jornalistas mentem,

distorcem 

e profanam tudo 

com insensatez.


Seu nome agora é uma bandeira

que se agita pelas ruas,

que é cantado, 

que é ouvido,

que é sentido e vira poesia.

É luto,

é luta

e busca por justiça.