segunda-feira, 14 de julho de 2025

Eu penso nos palestinos todos os dias


 Penso nas suas casas violadas, 

nas suas crianças machucadas, 

nas suas vilas assaltadas.


Penso nos seus filhos aprisionados, 

torturados e quase abandonados 

pela consciência ocidental, quase, 

mas não por todos.


Eu vejo nas ruas de diversos países 

jovens levantando bandeiras 

e entoando cânticos 

em solidariedade.


Muitos são presos, 

processados, 

perdem seus empregos, 

são expulsos de suas faculdades. 

Isso mostra que nem todos 

perderam o senso moral 

aqui no meu lado do mundo.


Eu vejo em sua história 

a reconstituição 

do que aconteceu nas Américas 

no passado, 

quando os europeus aqui chegaram 

e colonizaram tudo. 


O que fizeram aos povos nativos 

foi muito parecido 

ao que fazem com eles.


Eu sinto todos os dias revolta 

pelos oprimidos do mundo;

por aqueles que se chocam 

contra forças desiguais, 

contra aqueles que usurpam 

toda forma de poder 

só pelo egoísmo e pela ganância.


Eu sinto também desesperança, 

como uma forte vontade de desaparecer, 

pois não vejo justiça 

em canto algum do planeta Terra.

Eu penso nos povos nativos 

com suas dores eternas, 

aqueles que realmente 

amam os rios, 

os bosques e as ervas.


Aqueles que cuidam da natureza 

e melhor entendem 

a essência da vida.


Carrego o entendimento 

de suas dores 

todos os dias 

no âmago do meu ser.